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Shiftwork 2025: Saiba como foi a participação dos brasileiros

  • ADMIN ATL
  • há 1 hora
  • 3 min de leitura

O 25º International Symposium on Shiftwork and Working Time (Shiftwork 2025), realizado no Guarujá entre os dias 10 e 14 de novembro, chegou ao fim deixando um legado de importantes discussões que unem ciência e prática na gestão do trabalho em turnos.


Para a aviação e, em especial, para os aeronautas, o evento colocou os desafios da rotina dos tripulantes no centro do debate científico.


A aviação esteve em destaque, especialmente na quinta-feira (13/11), com sessões que abordaram diretamente o cotidiano da categoria.


Aviação em foco


A programação da quinta-feira foi um ponto alto para a comunidade aeronáutica.


Nela, o Cmte. Tulio Rodrigues coordenou o painel Fatigue Management in Aviation: Scientific Principles, Regulatory Aspects and the Role of Biomathematical Models, com os renomados pesquisadores Hans Van Dongen e Jaime Devine (EUA), e Drew Dawson (AUS). O debate aprofundou os fundamentos científicos, aspectos regulatórios e o uso responsável de modelos biomatemáticos nos sistemas de gerenciamento de risco de fadiga (FRMS), trazendo clareza e direcionamento sobre o tema.


Durante o painel também foi apresentada pelo Cmte. Tulio a palestra que trouxe os resultados do estudo Aircrew Rostering Workload Patterns and Associated Fatigue and Sleepiness Scores in Short and Medium Haul Flights in Brazil.


Desenvolvido a partir do Projeto Fadigômetro, o estudo demonstrou, com base em dados de escalas reais de tripulantes brasileiros, as relações entre indicadores de carga de trabalho e os níveis de fadiga e sonolência reportados.


As evidências apresentadas são de extrema relevância para o planejamento de escalas mais adequadas e para o aprimoramento das políticas do RBAC 117 e das práticas de FRMS.


Para saber mais sobre o estudo e suas recomendações de segurança, clique aqui.


Já a Profa. Frida Marina Fischer (USP) moderou a sessão The Impact of 50 years of research and practice on improving the lives of shiftworkers, que revisitou meio século de avanços tendo como palestrante o pesquisador Stephen M. Popkin (EUA).


A retrospectiva ofereceu um panorama valioso sobre a evolução das condições de trabalho dos trabalhadores de turno, conectando diretamente com os desafios enfrentados por tripulantes, como a alternância de horários, o jet lag e a alta demanda cognitiva.


Pesquisas nacionais em destaque nas Poster Sessions


A participação brasileira nas Poster Sessions também mereceu destaque, trazendo resultados com relevância operacional e regulatória. Dois trabalhos foram apresentados:


1. Pilot Fatigue And Sleepiness: Model Predictions With And Without Actigraphy Data Versus Self-Rated Samn-Perelli And Karolinska Sleepiness Scale Scores: realizado por Eduardo Furlan, Izabela Tissot, Tulio Rodrigues e Frida Fischer, o estudo comparou as predições de fadiga do modelo SAFTE-FAST com os relatos de pilotos brasileiros (escalas Samn-Perelli e KSS). O objetivo foi verificar se o uso de dados reais de sono (actigrafia) melhora a precisão do modelo, um passo fundamental para a identificação mais eficaz do risco operacional.

2. Rostering Features and Impact On Work and Living: Perspectives Of Brazilian Airline Pilots: este trabalho, de Izabela Tissot e Frida Fischer, trouxe a perspectiva dos pilotos brasileiros sobre o impacto das características das escalas de trabalho na vida profissional e pessoal, reforçando a importância do fator humano no planejamento.


O Shiftwork 2025 se encerra, mas as discussões e o trabalho continuam, tendo o simpósio reforçado a importância de basear as práticas e regulamentações do setor em evidências científicas sólidas, um caminho fundamental para garantir a segurança de voo e o bem-estar dos aeronautas.

 
 
 

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