PROTOCOLO PAADV?

O protocolo PAADV é um acordo realizado entre a LATAM Brasil, Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e a Associação dos Tripulantes da LATAM (ATL), que estabelece regras e boas práticas para a gestão do Programa de Acompanhamento e Análise de Dados de Voo (PAADV), mais conhecido entre os pilotos como Flight Operations Quality Assurance (FOQA).

Recentemente a LATAM assinou a renovação do protocolo com avanços significativos que reforçam nosso compromisso com a transparência, proteção da confidencialidade das informações e com a promoção de uma cultura sólida de segurança operacional, conforme estabelece a IS 119-008A da ANAC.

Com a participação ativa da ATL e do SNA revisamos 3 pontos do protocolo para que o programa fosse adequado aos interesses dos tripulantes, permitindo uma gestão mais oportuna de eventos, com o foco no desenvolvimento de competências e manutenção da confidencialidade dos dados.

O que isso significa na prática?

1. Cultura não punitiva e proteção de dados

O Protocolo reafirma que o PAADV está fundamentado nos conceitos de uma cultura justa e não punitiva. Ele prevê salvaguardas específicas para garantir a proteção dos dados dos tripulantes. As informações analisadas no âmbito do PAADV não serão utilizadas para fins disciplinares, exceto em situações expressamente previstas — como casos egrégios ou situações determinadas por lei.

2. Governança e participação

O Programa é conduzido pelo Gestor do PAADV e conta com a participação ativa e o acompanhamento de representantes do SNA e da ATL através de reuniões trimestrais entre as partes com o objetivo de monitorar, revisar práticas e identificar oportunidades de melhoria contínua.

Além disso, foram ajustados os pesos dos votos do SNA e da ATL para garantir que, nos casos de análise e eventual aplicação de casos egrégios, a representatividade dessas entidades seja equânime à dos demais votantes, permitindo decisões mais equilibradas e alinhadas aos objetivos do Programa.

3. Treinamento e desenvolvimento de competências

A revisão do Protocolo estabelece que nossos gatekeepers, com base nas análises de voo e nas entrevistas com pilotos, poderão recomendar treinamentos específicos para o desenvolvimento de competências relacionadas aos eventos analisados. Esses treinamentos serão conduzidos sob rigorosos critérios de confidencialidade e não possuem caráter punitivo.

Com estes avanços a LATAM Brasil implementa as melhores práticas da indústria, promovendo a utilização de dados de voo com foco exclusivo na melhoria da maturidade operacional e segurança de voo.

RAFAEL RASTRELLO RODRIGUES

Gerente de Segurança Operacional