Caro(a) Associado(a),
O Fadigômetro, iniciativa das entidades representativas dos aeronautas, recebeu na tarde da última sexta-feira (17) a importante atenção da comunidade médica brasileira. O projeto foi apresentado no 17º Congresso Nacional da ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho), tendo sido premiado pela inovação e novas práticas em saúde e segurança no trabalho.
Resultados apresentados
Em palestra ministrada pelo Cmte. Tulio Rodrigues (ASAGOL/Instituto de Física da USP), pesquisador e porta voz científico do Fadigômetro, os presentes tiveram uma visão geral do projeto e dos resultados obtidos até o momento.
Processadas mais de 7 mil escalas de trabalho, perfazendo um total de 195 mil etapas de voo e 652 mil horas de jornada, as análises por meio do modelo biomatemático SAFTE-FAST indicaram degradação do nível de alerta dos tripulantes e a necessidade de um melhor gerenciamento na confecção das escalas.
Não apenas isso, mas as distribuições de efetividade mínima e da área de risco nas fases críticas apresentaram variações sazonais significativas, enquanto os indicadores analisados mostraram-se adequados para a quantificação do risco relativo da fadiga com vistas a recomendações de segurança para o setor aéreo.
Tais dados reforçam a importância do estudo, e posicionam o Fadigômetro como uma ferramenta fundamental para se avaliar os impactos da fadiga nos tripulantes decorrentes de mudanças regulatórias, tais como o advento do RBAC 117 (Gerenciamento dos Riscos da Fadiga), que traz pontos de preocupação por não terem o devido embasamento científico.
Fadigômetro premiado
Destacando-se pelo ineditismo, qualidade dos dados apresentados e amplitude do projeto, o Fadigômetro recebeu da ANAMT o prêmio “Dr. Bernardo Bedrikow – Inovação e novas práticas em Saúde e Segurança no Trabalho”, Categoria Ouro.
Outros estudos importantes e de vanguarda no quesito inovação também foram premiados: “Tendência dos Casos de Trabalhadores Reabilitados pelo Programa de Reabilitação Profissional da Previdência Social do Brasil, 2007 a 2016” (Prata) e “Os Desafios na Implementação de Exoesqueleto de Membros Inferiores na Linha de Montagem Automotiva” (Bronze).
Veja no site da ANAMT os agraciados em cada categoria: https://www.anamt.org.br/…/17o-congresso-nacional-gestao-i…/.
A premiação pela comunidade médica brasileira coroa o empenho e dedicação dos corpos técnico e científico à frente do projeto, representados por ABRAPAC, ASAGOL, ATL e SNA, com o apoio da USP (Instituto de Biociências, Instituto de Física e Faculdade de Saúde Pública). Mais ainda, reforça um trabalho que, logo em seu início, demonstra o potencial que possui para trazer melhorias ao dia a dia dos aeronautas e posicionar o Brasil como referência no gerenciamento dos riscos da fadiga na aviação.
Contribuições para a pesquisa
As apresentações do Fadigômetro em eventos e congressos nacionais e internacionais têm sido um importante fator de conscientização da comunidade aeronáutica e da sociedade para os riscos da Fadiga, mas cabe ressaltar que a participação dos aeronautas é fundamental para a sua eficácia.
Por isso o projeto espera contar com a adesão de ainda mais tripulantes, fortalecendo não apenas a coleta de dados, mas a própria categoria e a segurança de voo no país.
Para saber mais sobre o projeto Fadigômetro e como contribuir, acesse www.fadigometro.com.br.
Foto: Tulio Rodrigues, José Cipolla Neto, Frida Marina Fischer e Eliane Cristina Marqueze.
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